De nada adiantava ao soldado voltar ao castelo sem sua espada, esperou alguns instantes e voltou para o bosque, segurando a sua cruz com força, tentou fazer o mesmo caminho que percorreu durante o susto, andou... andou... e há poucos metros avistou uma luz no chão, foi chegando cada vez mais perto e avistou sua espada, pegou-a e voltou ao castelo. Deparou-se novamente com a figura da Rainha na janela de seu quarto de cristal, contemplou-a por mais um momento e dirigiu-se para dentro do castelo.
Ao chegar em seu aposento sente que há algo de errado, mas não pensa muito nisto e foi deitar em sua cama. Ao fechar os olhos sentiu que algo lhe espiava, entreabriu o olho direito e enxergou dois olhos estalados e olhando fixamente para ele, mas quando abriu os olhos não os viu mais. Levantou-se rapidamente e arrancou o biombo que ficava no canto do quarto, não havia nada, olhou atrás da cortina, e não encontrou nada, resolveu então perguntar quem estava lá, novamente nenhum sinal. Voltou para a cama e ao deitar sentiu algo estranho mexendo embaixo do lençol, levantou e viu os olhos que o espiavam, tratava-se de um animalzinho muito comum naquelas voltas do reino, e sempre procurava abrigo dentro do castelo, mas o soldado sempre o colocava para fora, ele era peludo com dois olhos bem grandes, um focinho redondo e orelhinhas em pé, tinha cinco patas, um tamanho de dois palmos e não causava mal nenhum a ninguém, apenas alimentava-se das folhas e flores das plantas da floresta. Aquela noite o soldado deixou o coitado dormir em seu quarto, mas pegou uma almofada e colocou para o bichinho dormir ao lado de sua cama.
No dia seguinte acordou as seis badaladas do contador de horas do reino. Olhou para seu hóspede e ficou com pena de colocá-lo aquela hora para fora do castelo, aprontou-se, pegou sua espada e foi para a guarda tomar o café da manhã com seus companheiros. Sentou-se com eles, mas estava quieto, não olhava para ninguém, estava com o pensamento longe e nem tomou seu café. Rondou o castelo para ver se estava tudo dentro dos seus parâmetros normais, olhou para o quarto de cristal e não viu seu pensamento, retornou ao seu aposento e encontrou o animalzinho dormindo em sua cama, com a cabeça em seu travesseiro, exclamou:
- Acorda animal! Acorda animal! Não ficarás aqui nem uma badalada mais!
O animal assustado olhou firme para o soldado, como se entendesse o que ele estava dizendo e pulou da cama. Correu para trás do biombo e sumiu novamente, o soldado procurou e não achou nenhum rastro do animal.
sexta-feira, 4 de julho de 2008
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6 comentários:
Oi, pessoal. Adicionei um tradutor ao nosso blog, já que estamos recebendo também visitantes do exterior. Oi, Ana, que animal é esse que acompanhou o soldado? Mais um mistério. hehehe. Abrs, Zé.
"De nada adiantava ao soldado voltar ao castelo sem sua espada"
fica em inglês:
"You are welcome it advanced to the soldier to come back to the castle without its sword"
Estes tradutores automáticos pelo menos são engraçados... Ainda falta muito para os computadores tirarem o emprego dos tradutores humanos.
Oi, Leonardo, realmente, tradutor automático é meio linguagem de índio, tipo "Mim Tarzan, You Jane", mas serve para dar uma idéia ao estrangeiro do que se trata um texto. A tecnologia é acessório e nunca deve ser pensada como principal, é o que tb penso. Máquinas, ainda que um dia venham a fazer traduções eficientes, jamais poderão enender as entrelinhas de um texto. Grato pela visita e comentário. Zé.
E ai, pessoal. Os dados estão rolando, as férias estão chegando, e quem se anima a continuar a história?
POi, Ana, a imagem da floresta que linkasse nessa postagem é muito show.
Ana sempre criando novos enigmas que nos dão mais vontade de ler!!
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