quarta-feira, 9 de julho de 2008

O poço

Após ter acordado rapidamente naquela manhã nublada de domingo foi direto andar pelas várias estradinhas do Reino. Não que fosse um lugar novo para aquele soldado...velho soldado abatido, apático depois de tantas e tantas guerras vencidas. Ou não? Aquele Reinado mais parecia um labirinto. Era composto de árvores, pequenas casinhas e uma infinidade de pessoas correndo para todos os lados. Tempos difíceis...todos tinham que trabalhar.
O soldado pensava no bicho. Naquele pobre bicho que dormira em seu quarto na noite passada. Resolveu parar um pouco. Sentou-se debaixo de uma árvore e os olhos começaram a ficar semi-cerrados. Não entendera direito por que estava com tanto sono. Realidade e devaneio misturavam-se agora. A imagem das moças em seu culto misterioso, o fato de saber da existência de uma rainha que nunca vira em toda a sua vida. Rapidamente sim, mas não com a mesma profundidade que vira a jovem de preto. Era demais. Era encantamento, era medo, era um poço fundo de mistério.
Resolveu prosseguir com a caminhada, um pouco sem saber o que estava procurando exatamente. Sim, estão todos perdidos ainda nessa história que nasce num passe mágico de plim. Inclusive, o soldado. Eis que o homem anda mais alguns metros e encontra um poço tão fundo que parece não ter fim.
Ele olha para baixo...estranha os ruídos que emanam daquele buraco negro e fétido. Escuta passos, sim deveriam ser passos, se não fossem passos o que mais seria? Mas os pés não pisavam a grama. Eram como grandes chutes na água. Percebeu naquele exato momento que havia alguém DENTRO daquele poço.
Como quem quer fugir da realidade, ele esfrega os olhos. Pisca. Pisca novamente. Mão no olho com mais força, quer acordar, acordar logo. Não é sonho. Ele escuta e pode até sentir que alguém pisa fundo no fundo do poço.
Tem certeza que ali, esconde-se ou simplesmente caiu alguém. Precisa pedir ajuda e rápido. E nessas horas só tem uma pessoa em todo o reino que poderia o ajudar. O mago Sidelar...

3 comentários:

José Antonio Klaes Roig disse...

Oi, Su. Ficou bárbaro esse post. Ligasses o post da Ana com o mago, boa transição. E aproveitei no meu post acima, recuperar aquele mini conto meu (aprisionados entre o real e o imaginário) que foi o embrião do RPG, qdo desses continuidade a ele. Da mulher de branco e o pescador e a bola de cristal. Encaixei o poço na trama, e readapatei ao castelo de Messiter, que foi criação da Déia. Escrita colaborativa é assim, um hipertexto, cheio de hiperlinks literários. Os dados estão rolando, e que venham novos post dos colegas. Abrs, Zé.

Suellen Rubira disse...

Tu usas tantas metáforas nas conversas de msn que fica impossível não vir o plim na hora! hahsiahsia

José Antonio Klaes Roig disse...

Oi, Su. hehehehehe, viva a metáfora então e o plim. Eu tb, nas conversas com meus amigos acabo sendo despertado nesses plins. A vida é intertextual mesmo! Tomei a liberdade de colocar um link, na tua postagem, sobre "o mago", que remete ao post de mesmo nome pra evidenciar a hipertextualidade entre os mini contos dos integrantes do RPG. Hj tô em POA, na correria. Se falar com a turma, manda abraços e diz que tenho sumido do msn a noitinha por causa das aulas. Um abração, Zé.