sábado, 6 de setembro de 2008

O sol irradiava um calor imenso...

O sol irradiava um calor imenso, a mãe do garoto batia sem parar na porta de seu quarto, ele acordara em um pulo, e logo chegara à mesa da cozinha, o café já estava servido e a empolgação de sua mãe tomava conta da casa, menos o seu pai, continuava com a cara de poucos amigos e parecia que havia chorado durante toda a noite. Frutas e café, o garoto sentira que as próximas semanas seriam apertadas, tomou seu café, comeu uma fruta e foi até seu quarto, ao pegar a bola de cristal viu a moça de branco dormindo, mas o mar dentro da bola estava revolto, e a moça deitada na praia parecia em um sonho tranqüilo. Saiu correndo para ver o mar, gritou lá de fora para seu pai, e disse que naquela manhã o ajudaria com a pescaria. Ele chegou correndo no barco de seu pai que aparentava não estar com muita vontade ao carregar a rede. Saíram ao mar, o garoto muito entusiasmado, e seu pai com ar carrancudo... já não eram mais visíveis ao ponto da beira da praia...

Ao início da tarde estavam de volta, o garoto aparentava estar muito feliz, e seu pai também, o barco estava transbordando de tantos peixes, o mar fora generoso naquele dia. O menino gritava estridentemente chamando sua mãe, queria contá-la que aquele dia teria um sabor especial...

O almoço fora feito a partir das tainhas pescadas, na brasa, estalavam cada gota de gordura que caía, o apetite aumentava a cada instante, todos estavam à mesa conversando, a mãe, a irmã, o cunhado e seus pais, enquanto o pequeno e seu pai preparavam o almoço e os peixes para vender na feira do reino... tainhas assadas, e a mesa se transformou em um recanto de paz e silêncio, todos se deliciavam com o peixe delicioso que o mar os presenteara.

Antes de partir para a feira, o garoto passou em seu quarto e espiou a moça de branco dentro da bola de cristal, o mar em seu interior estava calmo e ela apreciava as ondas, suspirava e irradiava um brilho quente em seus olhos, ele conversou um pouco sobre o olhar dela e avisou que voltaria mais tarde, ela sorriu e o desejou uma boa venda de peixes na feira.

Ao caminho da feira com seu pai, o menino pensou por um instante, como ela me desejou boas vendas, se não lhe contei dos peixes... na feira os clientes, apreciavam as tainhas que ali estavam expostas, muito grandes e gordas, fresquinhas com um aspecto mágico. O garoto vendia enquanto seu pai conversava com os outros feirantes, trocava peixes por outros alimentos e temperos nobres que vinham de muito, muito longe, mas que eram muito apreciados pelo rei.

A noite chegara e a feira havia terminado, eles voltavam para a casa satisfeitos, com sacos cheios de alimentos, e com os bolsos lotados de moedas reais, as moedas de ouro pesavam demais, mas seu peso não espantara tamanha alegria de toda a família na chegada, ainda estavam todos lá, combinando o casamento da filha mais velha, enquanto pai e filho descarregavam a magia que aquele sol trouxera naquele dia.

2 comentários:

José Antonio Klaes Roig disse...

Oi, Ana. Que bela surpresa entrar no blog e ser presentado com esse post. Muito bom, ampliando horizontes. Um abração, Zé. ;-)

Ana Matias disse...

Valeu Zé!! É o ambiente ganhando espaço, mas ainda tem que detalhar mais! Abraços!!

=D