Para acabar de uma vez por todas com tanto mistério. Valeriano, aproveitando a mudança da lua, vestiu a longa capa negra e saiu decidido a colocar tudo em pratos limpos. Era uma noite fria e clara, o rapaz percorreu todo o caminho com passos longos e apressados. Após cansativa caminhada, finalmente chegou ao seu destino: a floresta.
Embora a lua iluminasse todo o vilarejo, na floresta tudo era muito escuro devido à grande quantidade de árvores que ali existia. Com medo e curiosidade seguiu. Continuando a caminhada entre a escuridão. Não sabia para onde ir, tudo era muito igual. Foi quando viu ao longe uma imensa claridade e seguiu até ela. Ao chegar mais perto verificou se tratar de uma imensa fogueira com algumas pessoas ao redor, elas estavam com seus braços erguidos, gritando frases em um dialeto não compreendido pelo jovem, pareciam exaltar algum deus ou coisa do tipo. Para sua surpresa, todos vestiam uma capa negra igual a sua. De repente silencio e alguém tomou a palavra:
- Amigos, há algum tempo estamos caminhando com nossas próprias pernas, visto que nosso mestre já cumpriu seu tempo nesta vida. Esta noite é especial, um dos nossos que ainda não se recorda de nosso grupo está perto. Chegou para tomar o papel de líder e assim como seu pai, honrar a natureza e utilizar seus poderes e encantos para acabar com o foco de distribuição do mal, desvendando a grande verdade e nos devolvendo nosso objeto mais estimado.
Valeriano escutava a tudo com atenção, pensava em quanto mistério envolvia aquele grupo. Havia algo de diferente no ar. Por mais loucura que tudo aquilo podia parecer, ele sentia uma estranha sensação de não ver tudo aquilo como novidade, parecia já ter vivido algo do tipo. Respirou fundo e foi em direção ao grupo. Foi quando aquele que falava ao grupo calou-se e ordenou que todos os demais reverenciassem Valeriano. Instantaneamente, todos retiraram os capuzes e ajoelharam-se perante Valeriano. Quando percebeu, ali estava o rapaz de uma vida triste e solitária, sob uma lua cheia, com sete pessoas ajoelhadas aos seus pés e o calor da fogueira a esquentar a face.
- Queiram me desculpar, mas o que está acontecendo? – Perguntou Valeriano. Minha vida se transformou em outra coisa de pouco tempo para cá. Agora um bando de loucos que usam uma capa igual a do meu pai dizendo que estou aqui para substituir o líder. Eu sou apenas mais um sobre essa terra, não faço diferença nenhuma. Preciso apenas cuidar direito da minha horta para não morrer de fome e assim são todos os meus dias. Nunca fiz o mal, sempre procurei agir corretamente como me ensinou meu finado pai. Por que isso? Qual o mistério por trás de tudo? Por favor, me respondam! Eu não agüento mais!
Após alguns minutos de silencio, a pessoa que estava discursando pouco tempo atrás e se parou na frente a Valeriano. Era uma mulher alta, cabelos negros e olhando dentro dos olhos do rapaz disse:
- É chegada a hora, Valeriano. Seu retorno ao nosso grupo é muito bem vindo. Feche os olhos e tente se lembrar dos fatos. Irei lhe contar tudo.
O rapaz, ainda que desconfiado, seguiu as orientações e fechou seus olhos. Foi quando a mulher começou a falar:
- Há três vidas passadas nosso grupo...
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
terça-feira, 21 de outubro de 2008
O palíndromo e a dupla face
O menino do lago levantou-se do chão com a garrafa contendo o Livro do Destino , fazendo um barulho metálico em seu interior. Ali dentro, estavam três dados de metal (um de ouro, outro de prata e um de bronze), para serem usados junto ao livro. Com aquele pequeno tesouro em mãos, dirigiu-se ao local em que Insônia tinha guardado as coisas de Lord Drago. Entre sete árvores, a sete palmos de terra adentro estava o corpo do cavaleiro do dragão negro. A sete passadas largas ao Norte da sepultura estavam também enterradas a sete palmos de chão toda a vestimenta e armas do guerreiro morto.
Pelo caminho, Prodigal notara que quanto mais se afastava do lago sua pele parecia enrugar ao calor do Sol, e sua mente a esquecer das formas da bela mulher que mergulhara com ele no fundo do lago Azul Profundo. Se de dia a esquecia, a noite voltaria a lembrá-la, encontrá-la? — perguntou a si mesmo.
Depois de lavar a malha, o colete, o elmo, o escudo, a lança e a espada na beira do rio, viu o homem no reflexo da água o rosto de Drago refletido, ao invés do seu. Levou um susto! Se estava ainda sonolento, de todo acordou. Jogou mais água no rosto, e o semblante de menino do lago retornou a sua dupla face. Com a garrafa na mão, retirou o Livro do Destino e os três dados, para guardá-los, como seu Mestre o havia ensinado, num local que somente ele ou seu fiel escudeiro soubesse. Sem ainda ter um ajudante, preferiu correr o risco e ficar com o papiro dentro de sua roupa e os dados grudados no espaço que antes fora da pedra vermelha ─ conhecida como o Coração do Dragão ─, tendo um encaixe perfeito; vestindo em seguida a armadura completa para seguir viagem. Seu cavalo baio estava ali próximo, em uma árvore amarrado. O cavalo negro de seu amo tinha igualmente perecido com seu dono.
Quando o escudeiro, agora travestido de cavaleiro, empunhou firme no braço esquerdo o escudo com a inscrição Nessun Dorma (que ninguém durma) e na mão direita a espada reluzente de Lord Drago, pela primeira vez em eu poder, percebeu pela primeira vez nela curiosa inscrição, em letras diminutas. Palavras que estavam inscritas em um antigo relógio de sol, quando Drago iniciara o menino do lago, filho de Alma (a que se matara) e sobrinho de Vida (a que enlouquecera), em seus estudos de latim e arte da guerra:
- Transit umbra, sed lux permanet. (A sombra passa, mas a luz é duradoura).
Naquele instante, palavras, como flechas, saíram de sua boca, sem ele saber como:
- O meu reino sou eu mesmo e tem em mim a pedra fundamental.
O novo cavaleiro de si mesmo desconhecia muita coisa que o rodeava. Dentre elas que Insônia também conhecia o latim, pois fora a serviçal de um sacerdote atormentado por seus demônios interiores, que a perseguia sem sucesso às noites (quando ela por encanto desaparecia entre os corredores escuros do mosteiro), fazendo-o supliciar-se ao dia, até que a mulher do lago fugiu daquele local, para nunca mais voltar. O padre, todo de branco e repleto de ouro, tinha a alma em total escuridão. Mas foi um outro padre, todo de preto e em completa penúria, que a protegeu do outro, até indicar-lhe o bosque como o reduto onde as mulheres perseguidas pelo falso religioso, pudessem viver em paz. As que resistiam a ele, condenadas por bruxaria, e confessando a heresia, sob tortura, eram levadas à fogueira. Insônia, se não partisse dali, teria o mesmo destino cruel das outras. Contudo, mesmo longe, ela sempre estava por perto de quem precisava de ajuda, conhecendo todos os atalhos que levavam do mosteiro ao Bosque Sem Fim. Um lugar encantado que tinha tal nome, pois aquele que não soubesse andar pelas trilhas ─ como que preso num labirinto de árvores ─, jamais retornava de lá... Porém, existia uma misteriosa profecia que dizia que o bosque poderia perecer o dia em que os Gigantes de Um Olho Só viessem àquela terra visitar.
Prodigal, nada disso sabia, e ao consultar Livro do Destino, jogando os três dados de metal, somadas luas e estrelas neles, dava o número dezesseis, e no verso dezesseis do Livro do Destino haviam igualmente dezesseis versos enigmáticos em forma de palíndromos:
A porta rangia à ignara tropa.
A base do teto desaba.
Lá vou eu em meu eu oval.
A semana toda lemos: só melado tá na mesa.
Assim, a sopa só mereceremos após a missa.
E até o Papa poeta é.
E assim a missa é...
A torre da derrota.
Livre do poder vil.
O mito é ótimo.
Acata o danado... e o danado ataca!
O terrível é ele vir reto.
Reter e rever para prever e reter.
Soa como caos.
Sós: somos sós.
Assam a massa.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
A bola de Cristal foi passear
Era uma manhã linda, novamente o sol tomava conta do reino de estranhos e lá no Castelo continuava o alvoroço pelo sumiço da bola de Cristal do Mago Sidelar, embora estivesse mais que preocupado, o Mago preparava uma magia para desvendar o paradeiro de sua bola de Cristal. Com vários ingredientes nem um pouco comuns para a realização de sua mágica ainda faltava encontrar uma porção de gosma quântica, o que era muito raro nas voltas do reino.
Enquanto isso o pequeno ladrão de frutas preparava-se para mais uma manhã de pesca com seu pai, pois haviam de juntar boas moedas para que o casamento de sua irmã fosse realizado com a benção da Majestade, o preço era muito alto, e era o sonho de todas as moças do reino casar em cerimônia dentro do Castelo de Messiter. Neste dia, o menino resolveu levar a moça de branco com ele, pois se sentia em falta com ela, e queria agradar-lhe com um passeio de barco, colocou-a dentro de seu saco de estopa e a levou todo o tempo presa as suas costas, seu pai pouco se importou com o que o menino carregava, apenas pensava nos peixes que o mar lhe daria naquela manhã. Em certo momento em que seu pai estava de costas no pequeno barco, o menino tirou a bola de Cristal de dentro do saco e mostrou à moça a beleza de lugar que ali se encontrava, ela ficou muito feliz e emocionada com a atitude do garoto que lhe agradara. Ao voltarem repletos de peixes, o dia foi mais um dia de festa e reunião de famílias em volta da mesa.
A noite caíra e o menino se trancara no quarto, por um momento pensou que a moça de branco estava dormindo, mas se enganou, pois ela abrira os olhos e lhe abrira um sorriso lindo que irradiava felicidade e ansiedade, perguntou-lhe:
- Quando me levaras para passear pelo bosque, pelo reino e de novo no mar?
Ele respondeu:
- Minha amiga, eu não sei... não sei se devo, mas logo que achar que posso e me sentir seguro de andar com você pelo reino eu lhe levarei para passear!
Ela não ficou muito contente, mas sentiu a franqueza do garoto em suas palavras, o que a deixou com um sentimento de esperança e voltou-lhe a perspectiva de sair de dentro da bola de Cristal. Ela o desejou boa noite e o garoto ficou deitado pensando em como seria o casamento de sua irmã.
Enquanto isso o pequeno ladrão de frutas preparava-se para mais uma manhã de pesca com seu pai, pois haviam de juntar boas moedas para que o casamento de sua irmã fosse realizado com a benção da Majestade, o preço era muito alto, e era o sonho de todas as moças do reino casar em cerimônia dentro do Castelo de Messiter. Neste dia, o menino resolveu levar a moça de branco com ele, pois se sentia em falta com ela, e queria agradar-lhe com um passeio de barco, colocou-a dentro de seu saco de estopa e a levou todo o tempo presa as suas costas, seu pai pouco se importou com o que o menino carregava, apenas pensava nos peixes que o mar lhe daria naquela manhã. Em certo momento em que seu pai estava de costas no pequeno barco, o menino tirou a bola de Cristal de dentro do saco e mostrou à moça a beleza de lugar que ali se encontrava, ela ficou muito feliz e emocionada com a atitude do garoto que lhe agradara. Ao voltarem repletos de peixes, o dia foi mais um dia de festa e reunião de famílias em volta da mesa.
A noite caíra e o menino se trancara no quarto, por um momento pensou que a moça de branco estava dormindo, mas se enganou, pois ela abrira os olhos e lhe abrira um sorriso lindo que irradiava felicidade e ansiedade, perguntou-lhe:
- Quando me levaras para passear pelo bosque, pelo reino e de novo no mar?
Ele respondeu:
- Minha amiga, eu não sei... não sei se devo, mas logo que achar que posso e me sentir seguro de andar com você pelo reino eu lhe levarei para passear!
Ela não ficou muito contente, mas sentiu a franqueza do garoto em suas palavras, o que a deixou com um sentimento de esperança e voltou-lhe a perspectiva de sair de dentro da bola de Cristal. Ela o desejou boa noite e o garoto ficou deitado pensando em como seria o casamento de sua irmã.
domingo, 5 de outubro de 2008
O lago Azul Profundo
Após enterrar o corpo de Drago, ao lado da mais frondosa árvore do bosque, e com a sua malha lavada e costurada por Insônia, cabia a Prodigal seguir a sina do cavaleiro do dragão negro, primeiramente achando o Livro do Destino (pelo seu senhor sempre escondido antes de cada batalha) e depois escolhendo um fiel escudeiro para que a sua jornada continuasse. Mas quem escolher, se ele estava sozinho naquele mundo de estranhos?
Sem dizer uma só palavra, Insônia - que não lia pensamentos, mas entendia os olhares das pessoas e seus sentimentos -, disse ao jovem:
- Tu primum exhibe te bonum, et sic quaere alterum similem tui. [Publílio Siro] (Primeiro mostra que és bom, e assim procura outro semelhante a ti). Tudo tem o seu devido tempo.
- Você poderia acompanhar-me nessa viagem, ser minha escudeira? – retrucou o jovem, em forma de pergunta a mulher, que fazendo uma pausa, disse:
- Tui cum sitiant, ne agros alienos riga.[Publílio Siro] (Enquanto os teus campos têm sede, não vás regar os alheios). Primeiro, precisas decifrar teu enigma interior, para depois partir em uma jornada. Precisas descobrir o livro da tua existência, antes de querer mudar o mundo... O teu mundo começa e termina em ti mesmo...
Prodigal então, relendo diversas vezes o enigmático poema deixado por Drago, percebeu que o cavaleiro deveria ter escondido o livro num local ermo, de difícil acesso, entre o sono e o sonho profundo, como falavam os versos... Se ao céu ele não poderia alcançar, ao sono profundo de um lago, quem sabe ele pudesse chegar. Se Drago se arrastara, ferido de morte, até a beira daquele lago Azul Profundo, provavelmente em seu leito fundo ele tenha sepultado o Livro do Destino, para que seu fiel escudeiro, quando preciso fosse, o achasse...
Depois de contar a Insônia seu intento, de ir ao fundo do lago, Prodigal escutou daquela espécie de deusa das águas, em forma de mulher de areia, uma curiosa sentença:
- Tracta ante factum, quia post factum sera retractatio est. [S.Bernardo, De Consideratione 4.11.1] (Examina antes de fazer, porque depois de feito é tardio o arrependimento). Se é isso que desejas, contigo estarei.
- Não há do que se arrepender, mulher. O único arrependimento é o de não viver a vida ao seu momento. Ajude-me a ir até o fundo do lago, do qual, parece-me que você sabe todos os segredos e encantos para guiar-me aos meus medos mais secretos... E eu te recompensarei com minha eterna lealdade.
- Tranquillas etiam naufragus horret aquas. [Ovídio, Ex Ponto 2.7.8] (O náufrago tem medo até das águas calmas). Mas enfrentar o medo é a maior prova de coragem!
- Entendo o que dizes, Insônia. Minha vida é um eterno naufrágio. Estou sempre à deriva. Não consigo ler a rosa-dos-ventos, e isso que sou agora um cavaleiro da Ordem do Vento. Mas se você vier comigo não estarei mais só.
- Tranquillo quilibet gubernator est. [Sêneca, Epistulae Morales 85.34] (Com mar calmo qualquer um é piloto). Aproveite, então, o lago sem ondas, pois quando for preciso adentrares ao mar revolto, precisarás estar pronto para enfrentar a tudo e a todos: dos golfinhos aos tubarões, e saber distinguir de longe, uns dos outros.
- Certamente. A vida é para os que sabem contornar o Cabo das Tormentas e descobrir um Novo Mundo, que dizem existir n’algum lugar distante ou em si mesmo. Então, auxilie-me a chegar ao fundo do lago e de lá trazer comigo são e salvo o Livro do Destino para que eu possa seguir em minha missão.
- Traditio nihil amplius transferre debet vel potest, ad eum qui accipit, quam est apud eum qui tradit. [Digesta 41.1.20] (A transmissão não deve nem pode transferir ao que recebe mais do que está com o que transmite). Mas fiques tranqüilo, acompanhar-te-ei os passos e as braçadas sempre, da mesma forma que a lua no céu segue aos homens pela noite funda...
E dito isso, a mão direita da mulher pegou a mão esquerda do impetuoso jovem, conduzindo-o apressadamente à beira do lago, antes do raiar do sol. O eclipse da lua estava por terminar quando eles mergulharam profundamente nas águas calmas, afundando num estado de quase sonho e sono fecundo, profundo, indo até o mais fundo de seus redemoinhos interiores. A água era doce, clara e morna como um sonho. Lá embaixo a paz reinava, bem diverso de à tona. Os dois sempre de mãos dadas foram se aprofundando no lago calmamente. Havia uma harmonia incrível entre ambos, a água fluía por seus poros, e o tempo não era percebido ao seu redor. Com a respiração presa, e o coração disparado, foram indo e indo mais fundo.
Mais adiante, quando Prodigal viu uma reluzente garrafa submersa, presa entre corais, pensou: eis o sinal! Insônia fez-lhe um gesto com a mão: vai! E o jovem abriu bem os braços e mergulhou mais fundo, ajoelhando-se em frente a misteriosa garrafa prateada. O que teria em seu interior? Seria o Livro do Destino, em forma de papiro enrolado? Teria algo mais. Estaria vazia ou seu conteúdo deteriorado? Mil e uma possibilidades lhe passaram pela mente, já não conseguindo mais prender a respiração... Fez muita força até que a garrafa desprendeu-se dos estranhos corais. Quase perdendo os sentidos, virou-se procurando Insônia para pedir-lhe ajuda, mas não a encontrou mais. A sua sereia havia desaparecido no lago azul profundo ou teria emergido na praia? Tomado de pânico, com medo de se afogar, voltou à tona, e lá não encontrou mais sequer as pegadas na areia daquela misteriosa mulher. Desaparecera no ar ou na água? O vento teria apagado sua visita? Lembrou-se apenas de suas últimas palavras, quando Insônia deixou subentendido que estaria ao seu lado ao anoitecer... Sem fôlego, com a garrafa nas mãos, caiu exausto à beira do lago, em um sono profundo, em busca de respostas para as perguntas cada vez mais complexas...
Em sonho, reencontrou Insônia, sempre bela, com vestes reluzentes, que lhe dissera pausadamente:
- Tu si hic sis, aliter sentias. [Terêncio, Andria 310] (Se estivesses no meu lugar, pensarias diferente).
Naquele instante, Prodigal acordou sobressaltado, sem saber quanto tempo passara ─ afinal, naquele Reino de estranhos o tempo parecia como que aprisionado em uma imensa bola de cristal...
Observação: Imagem acima, extraída da internet, do endereço abaixo
http://www.nooneelse.blogger.com.br/arvores%20azuis.jpg
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