segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Algum tempo depois...

Dentro da bola de cristal a moça em seus trajes brancos dormia como um anjo, lá fora o animalzinho parecia cansado e por ter esperado tanto tempo sua musa acordar para rolar a bola por entre suas patas, resolveu ir embora e sumiu atrás do biombo vermelho com detalhes em dourado, que remetiam a uma brisa imensa de ventos de ouro no canto do quarto. Este aposento da ala secreta do Castelo de Messiter era de um bom gosto espetacular, com mistura de vermelho, rosa, branco e panos transparentes em volta da cama, as cortinas pareciam véus e detalhes dourados preenchiam a beleza natural que tomava conta do quarto, o efeito quente que tinham as cores subliminavam um ambiente pesado e tranqüilo, a beleza e o amor, o fogo e as rosas.

Já havia passado muito tempo desde que o menino manteve contato com a moça de branco, ele estava preocupado, pois não conseguia entrar no Castelo, os soldados continuavam rondando o Castelo e o Mago estava muito aflito, aquela bola representava o seu poder e seus segredos, todos estavam guardados dentro dela, sua agonia era tão grande que ele estava prestes a fugir do reino e abandonar a tudo que havia conquistado, não pelo perigo que a bola representava, e sim a quem a descobrisse, por seus segredos, quem estivesse com a bola poderia acabar com ele e de qualquer forma o Rei o mandaria embora ou o mataria em cerimônia especial para todos aprenderem quem mandava naquele reino de estranhos.

O garoto estava na função ao final da feira do reino recolhendo o que era bom para levar à sua casa, e já havia levado um saco cheio de frutas que antes pegara sem ninguém ver, sua família era muito pobre e seu pai um pescador não muito sucedido, ultimamente o mar não estava para peixe e tudo que vinha do mar era para o alimento de casa, há tempos seu pai não conseguia nada de bom para vender na feira. Um grito de longe chamou a atenção do jovem, sua amiga, filha da cozinheira do Castelo estava logo atrás do homem que gritava em bravos o preço de algumas frutas, ela o viu e chamou-o fazendo sinal para que ele a encontrasse na floresta. Após algum tempo lá estavam eles, conversando e ele muito preocupado, pois havia prometido tirar aquela moça de dentro da bola, e mais espantado estava, com o que o Mago havia falado, que quem a olhasse ficaria cego, e a ele e ela nada disso havia acontecido, no entanto, a marcação cerrada da guarda do reino não o deixara mais entrar lá, e novamente combinou com sua amiguinha que durante a noite, nas 22 badaladas do Castelo de Messiter, estaria lá, no mesmo lugar para levar de vez aquela jovem de dentro do aposento.

4 comentários:

Suellen Rubira disse...

E o "pequeno ladrão de frutas" retorna...adoro esses "ganchos" que conseguimos pegar com os textos dos colegas...a interatividade aqui é show.

=)

Parabéns Ana! =)

José Antonio Klaes Roig disse...

Oi, gurias. Pois é, a vida é intertextual, e o RPG é prova disso. Trbalhar em rede, como uma teia. Por sinal a origem latina da palavra textum era justamente tecido, tecer... O RPG faz esse tricô virtual, ou croché digital. Hehehehehe Tudo pronto pra 4ªf. Já estou com o material que a Déia selecionou, já impresso e com os adesivos cortados. Abrs, gurias e que os dados rolem mais uma vez... Zé.

Ana Matias disse...

Valeu galera!!

E o melhor será quarta lá na FURG!!

Beijos!!

Jow D. Cunha disse...

Cara é incrivel o quanto acho legal isso...
Quando tu menos espera tem post com um gancho vindo de outro e indo para o outro muito show!!